Use o cérebro integrado – cérebro direito junto com cérebro esquerdo – para prosperar
Atenção pais!
Vamos falar de lado direito e lado esquerdo?
Calma… não é política!
É lado DIREITO do cérebro – emoção, e lado ESQUERDO do cérebro – lógica.
Vale a pena entender um pouco mais sobre o assunto, vocês vão perceber como este entendimento vai fazer com que vocês criem filhos para prosperar.
Viva e reviva todas as histórias junto com seus filhos, não as histórias da Disney, mas as histórias diárias, principalmente as traumáticas.
Detalhe as histórias traumáticas ao máximo, várias vezes, até seus filhos entenderem os próprios sentimentos.
Em nossa sociedade, somos treinados a resolver tudo usando palavras e lógica, mas, nesses momentos a lógica não traz sanidade à conversa.
Conselho de ouro: quando uma criança está incomodada, a lógica, frequentemente, não funcionará até que tenhamos atendido às necessidades do cérebro direito (emoção).
O cérebro esquerdo (lógica) da criança se desenvolve mais tarde, elas ainda não sabem usar a lógica e palavras para expressar sentimentos.
Nesta fase os pais só têm o cérebro direito (emoção) para se comunicarem com as crianças.
Mas, quando uma criança pequena começa a perguntar “Por que?” o tempo todo, sabemos que o cérebro ESQUERDO está realmente começando a entrar em ação.
“Por que?” Porque nosso cérebro ESQUERDO gosta de compreender a relação entre causa e efeito, e de expressar essa lógica com palavras.
O cérebro esquerdo e o cérebro direito dos pais precisam ser integrados para que possam educar filhos, também, com cérebros integrados, para valorizarem tanto a lógica quanto as emoções.
O objetivo é permitir que as emoções desempenhem papéis importantes, e integrar estas mesmas emoções com as partes do cérebro que ordenam e estruturam a vida.
Mas, normalmente, a escolha é a fuga. Diante de emoções dolorosas do cérebro direito (emoção), muitas vezes, preferimos nos abrigar na terra mais previsível e controlada do cérebro esquerdo (lógica).
Desta forma, nega-se uma importante parte de si mesmo que precisa ser reconhecida.
E, consequentemente, não se tem integração do cérebro direito (emoção) com o cérebro esquerdo (lógica), ou seja, não há equilíbrio!
EXPLICANDO O CÉREBRO
Provavelmente, você sabe que o cérebro é dividido em dois hemisférios.
Há até quem diga que ambos têm personalidades distintas, cada um com uma “mente própria”.
CÉREBRO DIREITO
– holístico;
– não verbal, enviando e recebendo sinais que permitem que nos comuniquemos, como expressões faciais, contato visual, tom de voz, postura e gestos;
– se importa com o quadro global – o significado e a sensação de uma experiência;
– é especialista em imagens, emoções e lembranças pessoais.
– é mais intuitivo e emocional, dá um “pressentimento” ou uma “percepção”;
– enfoca o contexto;
– crianças muito pequenas têm o cérebro DIREITO predominante, especialmente durante os três primeiros anos de vida.
CÉREBRO ESQUERDO
– ama e deseja a ordem;
– é lógico;
– literal;
– linguístico (gosta de palavras);
– linear (põe as coisas em sequência ou ordem);
– ama listas;
– enfoca o texto;
– conforme as crianças crescem, os questionamentos aparecem e o cérebro ESQUERDO vai se desenvolvendo.
EXEMPLO DE CRIANÇA USANDO APENAS O CÉREBRO DIREITO (emoção)
Imagine uma criança nos primeiros anos de vida, que vivia para ir à escola, adorava as atividades, os amigos, as histórias, a professora.
Um belo dia ela passa mal na escola. A simples experiência de adoecer criou um medo extremo e irracional a ponto de não querer mais ir para a escola.
Pai: “sei que está tendo dificuldade em ir à escola desde que ficou doente.
Vamos tentar nos lembrar do dia em que você passou mal na escola.
Primeiro, nós nos arrumamos para ir para a escola, não foi?
Lembra que você quis vestir sua calça vermelha, nós comemos waffles com mirtilos e depois você escovou os dentes?
Nós chegamos à escola, demos um abraço e nos despedimos.
Você começou a desenhar na mesa de atividades e eu acenei para você.
Então, o que aconteceu depois de eu ir embora?”
Criança: “passei mal.”
Pai: “sim, sei que isso não foi legal, né? Mas daí a professora cuidou muito bem de você e soube que você quis ver o papai.
Então, ela me ligou e eu fui para lá imediatamente.
Não foi muita sorte ter uma professora que cuidou de você até o papai chegar?
Daí o que aconteceu? Eu cuidei de você e você se sentiu melhor.”
O pai então, enfatizou que foi para a escola imediatamente, tudo ficou bem e garantiu à criança que sempre estaria lá quando ela precisasse dele.
Ao colocar esses detalhes narrativos em ordem dessa maneira, o pai permitiu que a criança começasse a entender o que estava sentindo em relação a suas emoções e seu corpo.
Ele conseguiu ajudá-la a criar algumas novas associações de que a escola é segura e divertida, fazendo-a lembrar de várias coisas que adorava na escola.
Não demorou muito para ela recuperar o amor que sentia pela escola e essa experiência não exerceu mais um grande impacto nela.
Na verdade, aprendeu que poderia superar o medo com o apoio das pessoas que a amam.
Enquanto as crianças estiverem crescendo, os pais devem continuar ajudando-as a encontrar sentido em suas experiências.
Esse processo de contar histórias será uma forma natural de ela lidar com situações difíceis, fornecendo-lhe uma ferramenta poderosa para enfrentar as adversidades até a fase adulta e durante toda a vida.
Se o objetivo for “sobrevivência” -> defina estratégia para a criança voltar a ir à escola com vontade.
Se o objetivo for “prosperidade” -> conecte o cérebro direito ao cérebro esquerdo da criança, como fez este pai do exemplo acima.
Este é um exemplo de “conectar e redirecionar”, que ajuda as crianças a se “sentirem sentidas”, antes de se tentar resolver problemas ou tratar da situação de maneira lógica.
Quando aprendem a prestar atenção e a contar as próprias histórias, as crianças conseguem reagir de maneira saudável a tudo, de um cotovelo arranhado a uma perda ou trauma importante.
ALGUNS ERROS COMUNS DOS PAIS:
– se defender;
– discutir com o filho sobre a lógica equivocada dele;
– perguntar ao filho: “Do que você está falando?”
– mandar o filho sair sem o escutar;
– desprezar e negar as experiências (sentimentos, reações) dos filhos.
– ser ríspido e dar bronca;
– criar filhos com cérebro por inteiro não significa se deixar ser manipulado ou reforçar maus comportamentos.
– pelo contrário, ao compreender como o cérebro dos filhos funciona, é possível estabelecer uma cooperação muito mais rápida e, frequentemente, com muito menos drama.
– regras sobre respeito e comportamento não são atiradas pela janela só porque o cérebro esquerdo de uma criança está desligado.
– ser desrespeitoso, machucar alguém, arremessar objetos, por exemplo, deve permanecer fora de cogitação mesmo em momentos de muita emoção.
RESUMINDO:
Quando os cérebros DIREITO e ESQUERDO estão integrados, podemos analisar a criação de filhos tanto de um lugar pé no chão do cérebro ESQUERDO – que nos permite tomar decisões importantes, resolver problemas e impor limites – quanto de um lugar do cérebro DIREITO, emocionalmente conectado, onde temos consciência dos sentimentos e sensações de nosso corpo e nossas emoções, para atender de maneira amorosa, afetuosa, às necessidades de nossos filhos.
Assim, se estará criando filhos prósperos com cérebros integrados – por inteiro!
Leia o meu livro e me conte nos comentário sua experiência.
Com afeto,
Elisabeth Rosa